top of page

A performance Sagrado Profano exerce uma reflexão íntima sobre o corpo feminino, desenvolvida pelos ecos de crenças populares recorrentes dos mitos do sangrado feminino e singularmente, presentes ao longo do tempo dentro das diferentes culturas em nossa história. Através do corpo performance, foi produzida uma caminhada sensorial, interna e estética sobre o transbordamento do sangue menstrual, representado pelo silenciamento e a abominação, dessacralização do derramamento do sangue feminino. 

 

O ciclo menstrual, que outrora era relacionado a um estado mágico, encantado, e singular do nosso corpo, passou a ser condenado por questões de domínios e perspectivas de poder, reinterpretando-se para o controle da força da mulher e da sua poção mágica, reprodutora no entorno social e natural. Nos ensinaram a sentir-nos impuras. Sangrar foi considerado pela cultura ocidental, branca e capitalista, o mesmo que um castigo, uma praga do corpo feminino. Assim se constituiu, mais um capítulo de cisão do nosso corpo, para o enfraquecimento e desconexão da nossa natureza criadora. 

Performance "Crística" e "O Ovo" da série de performance do Sagrado Profano

Obra idealizada e interpretada pela artista e pesquisadora Paula Dakinn

Fotografias de Melissa Warwick

Aracaju, 2018 

bottom of page